segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Apresentação em Beja



Apresentação realizada na Biblioteca Municipal José Saramago em Beja no dia 24 de Outubro de 2009, às 17 horas.

Esta apresentação abriu a rubrica promovida pela Biblioteca intitulada: «À Conversa com “B” de Beja», tendo o autor sido o 1º convidado da iniciativa.

Com uma audiência bastante satisfatória, falou-se de literatura, traçaram-se perfis de leitores para a obra (Leitor Profissional da Formação; Leitor adepto da Criminologia; Leitor Amante da Literatura), reflectiu-se sobre o “Fado” do povo alentejano, a crueza das vivências, etc..

Como dinamizadores oficiais da apresentação da obra e da rubrica estiveram: A Directora da Biblioteca José Saramago – Paula Santos; o Editor da Lugar da Palavra - João Carlos Brito; O Contador de Histórias – Jorge Serafim e o autor - Luís Miguel Ricardo.















Apresentação em Ferreira do Alentejo



Apresentação efectuada na Biblioteca Municipal de Ferreira do Alentejo no dia 23 de Outubro de 2009, às 21 horas.


Foi num ambiente acolhedor / "intimista" que aconteceu a ante-estreia da obra «Operação Dominó».


Mais do que uma apresentação formal, foi uma conversa entre pessoas com alguns pontos comuns. falou-se de literatura, de raizes culturais, de projectos futuros entre outros assuntos que a naturalidade de um momento bem passado faz emergir do âmago dos presentes.


Como animadores oficiais da apresentação da obra estiveram O Presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo - Anibal Costa; o Editor da Lugar da Palavra - João Carlos Brito; e o autor - Luís Miguel Ricardo.

domingo, 25 de outubro de 2009

LIVRARIAS ONDE SE ENCONTRA A «OPERAÇÃO DOMINÓ»

Aveiro
ABC
Rua José Estêvão, 56
3800-201 Aveiro
Telef.: 234 427 897
e-mail: abc.aveiro@gmail.com

Barreiro
Livraria du Bocage, Ldª

Av. Alfredo da Silva, 34-B
2830-302 Barreiro
Tel.: 212 071 967

Beja
Estudantina - Papelaria e Livraria Lda.
Lg. Escritor Manuel Ribeiro, 4
7800-421 Beja
Tel.: 284310110

Livraria Lupynand
Lg. Escritor Manuel Ribeiro 2
7800-421 Beja
Tel.: 284324163

Braga
Centésima Página

Av. Central, 118-120
4710-229 Braga
Telef.: 253 267 647

Caldas da Rainha
Loja 107 - Livraria, Ldª

Rua Heróis G Guerra, 107- 109
2500-215 Caldas da Rainha
Tel.: 262 824 462
Fax: 262 843 103

Castelo Branco
Kiosk Vidal

Alameda da Liberdade
6060 Castelo Branco
Tel.: 272 343 145

Coimbra
Livraria Papelaria 115

Pr. 8 de Maio, 29
3000-300 Coimbra
Tel.: 239 853 309
Fax: 239 832 343

Évora
Eborense

Rua da Misericórdia, 9
7000-654 Évora

Fafe
Altamira

Rua Montenegro, 198
4820-280 Fafe
Tel.: 253 599 557

Ferreira do Alentejo
Soclaru - Livraria e Papelaria Lda.
Av. Gen. Humberto Delgado 17
7900-555 Ferreira do Alentejo
Tel.: 284084273

Funchal
Esperança

Rua dos Ferreiros, 119 a 156
9000-082 Funchal

Gondomar
Juvenil

Rua do Monte Crasto, 71-75
4420 Gondomar

Guimarães
Centésima Página

Cine-Teatro S. Mamede

Lamego
Livraria Lameg ArteUrb.

Qta. Rabolal, Bl 2 - LJ 2
5100-949 Lamego
Tel./Fax: 254615521
E-Mail: lamegarte@oninet.pt

Leiria
Livraria Boa Leitura, Ldª
Av. Dr. Francisco Sá Carneiro,Edifício Terraços do Liz, Lote 2, Piso 1, Loja 4
2400-145 Leiria
Tel.: 244 831 830 / 244 831 825

Lisboa
Apolo 70

Centro Comercial Apolo 70
Av. Júlio Dinis, 10-A - loja 27
1069-216 Lisboa
Tel.: 217 968 826

Pó dos Livros
Av. Marquês de Tomar, 89 A
1050-154 Lisboa

Montemor-o-Novo
Livraria Fonte de Letras, Ldª

Rua das Flores, 10-12
7050-186 Montemor-o-Novo
Tel.: 266 899 855
e-mail: fontedeletras@mail.telepac.pt

Porto
José Alves

Rua da Fábrica, 74
4050-246 Porto

Latina
Rua de Santa Catarina, 2-10
4000-441 Porto

Livraria Argus
Rua Alexandre de Braga, 48 - r/c - a
4000-049 Porto
Tel.: 222089013
Fax: 222087954

Póvoa de Varzim
Livraria Graça

Rua da Junqueira, 46
4490-519 Póvoa de Varzim
Tel.: 252 622 233

Rio Tinto
Livraria Avenida

Av. D. João I, 515
4435 Rio Tinto
Tel.: 224 894 713

Cavada Nova
Rua Fernão de Magalhães, 610 - r/c
4435-246 Rio Tinto
Tel.: 224 898 460
Fax: 224 862 527

Serpa
Espaço VOL
Largo 5 de Outubro, 7
7830-325 Serpa
Tel.: 284540580
e-mail: livraria@vol.com.pt

Sines
A das Artes
Av. 25 de Abril, 8 - loja C
7520-107 Sines
Tel.: 269 630 954
e-mail: adasartes@bluemel.pt

Tomar
Livraria e Papelaria Nova, Ldª

Rua de Manuel Matos, 17 - r/c
2300-508 Tomar
Tel.: 249 323 362

Valongo
Livraria Casa Branco

Av. 5 de Outubro,Com Vallis Longus - loja M
4440-503 Valongo
Tel.: 224 221 377

Viana do Castelo
Geográfica - Livraria e Papelaria, Ldª

Rua Manuel Espregueira, 89
4900-318 Viana do Castelo
Tel.: 258 826 357

Vila Praia de Âncora
Pára e lê

Rua 31 de Janeiro, 47-A
4910-455 Vila Praia de Âncora

Vila Real
Livraria Branco

Rua Dr. Roque da Silveira, 95-97
5000-630 Vila Real
Tel.: 259 322 829

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Os Dias "D"s


É já amanhã que a «Operação Dominó» se mostra para o público. Estamos a terminar uma fase desta aventura literária. O livro está aí ... disponível para todos os leitores que o desejem conhecer ...

Os desafios que deixo neste blog daqui para a frente, passa pelo acompanhar a vida desta obra ... opininando, trocando ideias, críticas, etc.. Sendo o objectivo principal, fazer da «operação dominó» um pólo de dinamização cultural, que reuna em seu redor uma panóplia de mentes abertas à reflexão e à partilha construtiva de pensamentos singulares e / ou colectivos.


Amanhã a apresentação acontece em Ferreira do Alentejo às 21 horas na Biblioteca Municipal, estando presentes na dinamização da iniciativa o Sr. Presidente da Câmara Municipal - Anibal Costa; o Editor Literário da Lugar da Palavra João Carlos Brito; e eu, o Autor Luis Miguel Ricardo.


No Sábado a apresentação acontece em Beja, às 17 horas na Biblioteca José Saramago, estando presentes na dinamização da iniciativa a Directora da Biblioteca Paula Santos; o Editor Literário da Lugar da Palavra João Carlos Brito; o Contador de Histórias Jorge Serafim; e eu, o Autor Luis Miguel Ricardo.

sábado, 17 de outubro de 2009

Achado na Barragem


(...)

"Enquanto os cenários distintos evoluíam na sala de aula, a alguns quilómetros de distância, numa das margens da Barragem da Desgraça, o rebanho de ovelhas de Marcelino Fezes saciava a sede matinal na escassa água que ainda resistia ao Verão rigoroso.
- Ajuda, o que trazes tu na boca? Um osso? Onde fostes buscar essa porcaria?
Encostado ao cajado, de cigarro descaindo no canto da boca, Marcelino observava com a atenção tranquila das pessoas serenas os movimentos mandibulares do rafeiro corpulento, que continuava a roer com apetite voraz o pedaço de osso descoberto em local indefinido.
Quando o cão malhado que acudia pelo nome de Ajuda terminou o manjar ósseo, voltou a afastar-se do pastor, galgando entre as ovelhas até um local da barragem onde a profundidade da água não ia além de dois palmos. Marcelino seguiu-lhe o rasto com o olhar calmo por debaixo da aba larga do chapéu de palha.
Semi-submerso, um invólucro esbranquiçado, com letras vermelhas pouco nítidas, exibia-se ao longe e atraía o faro canino.
Empenhado em quebrar a monotonia do ofício, Marcelino, em passada lenta, aproximou-se do local onde o cão continuava a debater-se com o conteúdo do invólucro.
- Que é que tu tens aí Ajuda?
O cão ignorou-lhe a presença e continuou a desesperante batalha com o saco de plástico de dimensão volumosa.
- Deixa-me lá ver o que tens aí!
Com o cajado esboçou uma tentativa de afastar o cão, mas a reacção do animal revelou-se agressiva, exibindo-lhe a dentição cuidada e rosnando-lhe em tom ameaçador.
- Queres ver que levas com o bordão nos cornos!?
Infernizado com a atitude indomável do canino, e permutando subitamente a sua postura plácida, passou, num ápice, da ameaça à concretização, e duas bordoadas certeiras no lombo do animal afugentaram-no do petisco por si descoberto.
Ao largo, o rafeiro malhado digeria os efeitos dolorosos das pancadas esganiçando-se conformado, enquanto o dono, com destreza súbita e insólita se abeirava do invólucro, remexendo-lhe, primeiro com a ponta do cajado, e depois, com as duas mãos, arrastou-o com dificuldade para uma zona seca.
- Que merda é esta que está aqui dentro?"

(...)


O que será que está dentro do saco???

A nossa trama atinge o climax. Até ao final do texto será uma odisseia vertiginosa e desenfreada em busca da VERDADE DOS FACTOS ...

Desafio o leitor neste último post (com conteúdo do texto) antes da obra ser apresentada ao público (é já dia 23 e 24 de Outubro) a engendrar uma tentativa de adivinhação do final. Sejam criativos ...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Visita ao Two Lights State Park


" Portland (Maine – EUA), 25 de Junho de 2006.

Oito horas da manhã iam marcando os relógios na costa Este dos Estados Unidos da América. O céu estava limpo e a temperatura amena. Na Main Street de Scarborough o movimento rodoviário intensificava-se. Encostado ao Cadillac branco, Toino Bezerra, de óculos escuros pouco discretos, seguia com entusiasmo o deambular gracioso de uma mulher trajada com a farda das funcionárias de limpeza do motel, que caminhava na sua direcção.
- Hi! How are you?
- I am góód! – respondeu Toino Bezerra, carregando nos assentos inexistentes dos dois “ós” e surpreendendo a mulher amulatada.
- Ho! My God!
- Bom como ó milho! – murmurou em português, de olhos fixos no traseiro largo da mulher mulata, que seguia a marcha abanando a cabeça com indignação e gesticulando o sinal da cruz.
(…)
Meia hora depois o motor do Cadillac Seville voltava a roncar pujante, infiltrando-se na Main Street e seguindo na direcção de Portland. Sem enganos de maior, percorreram a baixa da cidade, e depois seguiram para South Portland. Dois faróis e um parque verde paralelo à baia e à praia de areia grossa ocuparam as atenções da família Cartucho. A manhã ficou completa com a visita ao Two Lights State Park, um espaço de natureza verdejante com dimensões imensas. Nele, mulheres e homens de gorduras disformes, sentados em cadeiras de praia rasteiras ao solo, recriavam-se com papagaios de papel coloridos. No circuito de terra junto das falésias escarpadas, atletas domingueiros exercitavam a forma física, enquanto no amplo relvado central, um grupo de jovens ruidosos mas disciplinados jogavam frisbee.
Junto das árvores, sem vergonha dos movimentos díspares que evoluíam no parque, esquilos atrevidos observavam com atenção natural a tranquilidade da família Cartucho, refastelada debaixo de uma sombra fresca.
- Aqueles moços pateiam a pastagem toda.
- Então e aqueles ali daquela banda, a quererem levantar voo.
- É a América! – rematou Gerónimo, depois de avaliados os comportamentos dos utentes do parque."


Este texto evolui em dois espaços físicos distintos. Alentejo rural e a região da Nova Inglaterra nos EUA. Os constrastes culturais entre os dois povos estão bem patentes nalgumas passagens da obra. Este é um dos aspectos ricos da literatura - a possibilidade "brincar" com as diferenças culturais das pessoas e, ao mesmo tempo, dá-las a conhecer.

O desafio que deixo neste post é uma reflexão / partilha de situações embaraçosas resultantes de contrastes culturais.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Dia da Viagem para a América


"(...) Os relógios marcavam oito horas da manhã. Era Sábado e dia santo ao mesmo tempo. Vale Seco acordava de uma noite em que houve baile, por homenagem a São João, bebedeiras, zaragatas, facadas e até um tiro sem atirador identificado.
No largo do jardim inacabado, pequenos grupos de habitantes, ainda rodeados de cápsulas de minis e médias consumidas na farra nocturna, comentavam com gosto os acontecimentos da madrugada festiva. Na rua que ligava a parte baixa da aldeia ao centro, um homem de estatura baixa e larga, trajando com a melhor vestimenta do baú das roupas dos domingos e dias santos, circulava em passo apresado.
- Onde irá o Cartucho todo janota e com tanta pressa a esta hora da manhã?
- Então não sabem!? É hoje que ele vai para a América.
- Sempre vai? Eu ouvi a minha patroa dizer isso, mas não acreditei.
- Vai sim senhor! Deve ir chamar o Joaquim das Facadas para os levar a Beja.
- Está boa, esta! O Cartucho mais velho na América! Um homem que praticamente nunca saiu de Vale Seco, agora meter-se numa aventura destas … América…
- Bom dia! – cumprimentou Gerónimo ao passar junto dos grupos que preenchiam de movimentos tranquilos o jardim em fase de acabamentos crónicos.
- Bom dia!
Sem desacelerar a marcha convicta, o homem de fatiota janota desapareceu na esquina que conduzia ao beco onde morava o improvisado taxista. No jardim, falou-se por mais alguns momentos na suposta viagem do transeunte, e depois voltou-se ao tema forte do dia: - o baile de São João. (...)"

Já imaginaram o tamanho da aventura? Um casal que, praticamente, nunca saiu da sua aldeia e, de repente, lançar-se à descoberta de um mundo que existe para lá dos limites de Vale Seco …
A necessidade desenvolve competências … e quem tem boca vai a Roma …

O desafio que deixo neste post é o de imaginarem o que irá suceder com o casal Cartucho e partilharem no blog. Ou então, partilharem estórias inusitadas resultantes deste confronto cultural …